BLOG PSICOLOGIA
De
acordo com Piaget, o desenvolvimento
cognitivo é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das
estruturas cognitivas derivando cada estrutura de estruturas precedentes. Ou
seja, o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o
tornam cada vez mais apto ao equilíbrio.
Essas
construções seguem um padrão denominado por Piaget de ESTÁGIOS que seguem idades mais ou menos
determinadas. Todavia, o importante é a ordem dos estágios e não a idade de
aparição destes.
Sensório Motor ( de 0 à 2 Anos)
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir
esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática.
As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio é
direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.
Pré Operatório ( de 2 à 7 Anos)
Também chamado de estágio da Inteligência
Simbólica . Caracteriza-se,
principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio
anterior (sensório-motor).
A criança deste estágio:
A criança deste estágio:
- É egocêntrica, centrada em
si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
- Não aceita a idéia do acaso
e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").
- Já pode agir por simulação,
"como se".
- Possui percepção global sem
discriminar detalhes.
- Deixa se levar pela
aparência sem relacionar fatos.
Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
Operatório Concreto( de 7 à 11 Anos)
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem,
casualidade, ..., já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair
dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda
depende do mundo concreto para chegar à abstração.
desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
Exemplos:
despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.
despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.
Operatório Formal (12 anos em diante)
A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita
mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes,
mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando
soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todoas as classes de problemas.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todoas as classes de problemas.
Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.
Observação: a maioria dos exemplos
foram retirados da reportagem "Jean Piaget", escrita pela jornalista
Josiane Lopes, da revista Nova Escola, ano XI, nº 95, de agosto de 1996.
Nenhum comentário:
Postar um comentário