Aula 12 / 02 /2014 PSICOLOGIA
Olá garotas, da sala 105 essa postagem e obra de nossa colega Viviane....
Vamos aproveitar bem \0/ \0/ \0/
CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO: CORRENTES
TEÓRICAS E REPERCUSSÕES NA ESCOLA.
As
diversas teorias de desenvolvimento apresentadas a seguir apóiam-se em
diferentes concepções do homem e do modo como ele chega a conhecer. Tais
teorias, como em qualquer estudo científico dependem da visão de mundo
existente em uma determinada situação histórica e evoluem conforme se mostram
capazes ou incapazes de explicar a realidade.
A
visão de desenvolvimento enquanto processo de apropriação pelo homem da
experiência histórico-social é relativamente recente. Durante longos anos, o
papel da interação de fatores internos e externos no desenvolvimento não era
destacado. Enfatizava-se ora os primeiros ora os segundos. Os filósofos e os
cientistas criaram, assim teorias ou abordagens denominadas inatistas – que
salientam a importância dos fatores endógenos – e teorias ou abordagens
chamadas ambientalistas – onde especial atenção se dá à ação do meio e da
cultura sobre a conduta humana.
Cada
uma dessas concepções será analisada em separado.
A concepção inatista
A natureza, dizem-no, é apenas o hábito. Que significa
isso? Não há hábitos que só se adquirem pela força e não sufocam nunca a
natureza? É o caso, por exemplo, do hábito das plantas, cuja direção vertical
se perturba. Em se lhe desenvolvendo a liberdade, a planta conserva a
inclinação que a obrigaram a tomar; mas a seiva não muda, com isto, sua direção
primitiva; e se a planta continuar a vegetar, seu prolongamento voltará a ser
vertical. O mesmo acontece com os homens (J.J. Rousseau, Emílio)
A concepção
inatista parte do pressuposto de que os eventos que ocorrem após o nascimento
não são essenciais e/ou importantes para o desenvolvimento. As qualidades e
capacidades básicas de cada ser humano – sua personalidade, seus valores,
hábitos e crenças, sua forma de pensar, suas reações emocionais e mesmo sua
conduta social – já se encontrariam basicamente prontas e em sua forma final
por ocasião do nascimento, sofrendo pouca diferenciação qualitativa e quase
nenhuma transformação ao longo da existência. O papel do ambiente (e, portanto,
da educação e do ensino) é tentar interferir o mínimo possível no processo de
desenvolvimento espontâneo da pessoa.
As
origens da posição inatista podem ser encontradas, de um lado, na Teologia:
Deus, de um só ato, criou cada homem em sua forma definitiva. Após o
nascimento, nada mais haveria a fazer, pois o bebê já teria em si os germes do
homem que viria a ser. O destino individual de cada criança já estaria
determinado pela “graça divina”.
De
outro lado, a posição inatista apóia-se num entendimento errôneo de algumas
contribuições importantes ao conhecimento biológico, tais como a proposta
evolucionista de Darwin, a Embriologia e a Genética.
A
evolução, para Darwin, biólogo inglês que viveu no século passado, resulta de
mudanças graduais e cumulativas no desenvolvimento das espécies. Essas
mudanças, por sua vez, decorrem de variações hereditárias que fornecem
vantagens adaptativas em relação às condições ambientais prevalecentes. O papel
do ambiente é bastante limitado. Cabe-lhe apenas determinar, dentre as
possibilidades naturais de variação, quais são as mais adaptativas para a espécie,
isto é, as que melhor permitem à espécie sobreviver num ambiente específico. Só
os mais aptos de uma determinada espécie – aqueles capazes de se adaptar ao
meio sobrevivem.
Aplicada
ao desenvolvimento humano, essa teoria foi frequentemente mal interpretada. Ao
servir de base para a posição inatista, não se levou em conta que o ambiente
tem um impacto decisivo sobre o ciclo de vida dos membros de cada espécie,
muito embora não possa produzir neles alterações que venham a ser transmitidas
a futuras gerações. A teoria darwiniana acabou, assim, sendo erroneamente
entendida como postulando aquilo que nunca pretendeu: que os fatores ambientais
eram incapazes de exercer um efeito direto tanto na espécie quanto no
organismo.
Em
relação à espécie humana, deixou-se de lado a influência da experiência
individual de cada pessoa; equiparou-se, consequentemente, o complexo
comportamento sócio cultural do homem àquele que é típico de organismos
inferiores, onde se observa pouca ou nenhuma diferenciação.
Os
primeiros conhecimentos produzidos pela Embriologia também forneceram subsídios
para as teorias inatistas. Na verdade, esses primeiros dados apontavam para
sequências de desenvolvimento praticamente invariáveis que seriam, em grande
parte, reguladas por fatores endógenos, ou seja, de origem interna. Supunha-se
que o desenvolvimento intra-uterino ocorria em um ambiente fisiológico
relativamente constante e isolado de estimulações externas. Mas o modelo
fornecido pela Embriologia, quando projetado para a vida após o nascimento,
mostrava-se inadequado: nele, a experiência individual não teria qualquer
impacto sobre o organismo.
Por
outro lado, dados mais recentes da Embriologia indicam que o ambiente interno
tem um papel central no desenvolvimento do embrião, assim como o ambiente
externo é fundamental para o desenvolvimento pós-natal. Não há, pois, bases
empíricas ou teóricas que sirvam de apoio para a visão inatista no âmbito da
Psicologia. Tal visão, no entanto, gerou uma idéia de homem que produziu uma
abordagem rígida, autoritária e, sobretudo, pessimista para a educação das
crianças e adolescentes. Como, na concepção inatista, o homem “já nasce
pronto”, pode-se apenas aprimorar um pouco aquilo que ele é ou,
inevitavelmente, virá a ser. Em consequência, não vale a pena considerar tudo o
que pode ser feito em prol do desenvolvimento humano. O ditado popular “pau que
nasce torto morre torto” expressa bem a concepção inatista, que ainda hoje
aparece na escola, camuflada sob o disfarce das aptidões, da prontidão e do
coeficiente de inteligência. Tal concepção gera preconceitos prejudiciais ao
trabalho em sala de aula.
A concepção ambientalista
Fizemos um estudo da motivação da criança não
reprimida e descobrimos mais do que podíamos usar. Nossa tarefa era
preservá-la, fortificando a criança contra o desânimo. Introduzimos o desânimo
tão cuidadosamente quanto introduzimos qualquer situação emocional, iniciando
ao redor dos seis meses. Alguns dos brinquedos, em nossos cubículos com ar
condicionado, são projetados para criar perseverança. Um trecho de uma melodia
de uma caixa de música, ou um padrão de luzes faiscantes, é arranjado de
maneira a seguir uma resposta apropriada, digamos, apertar uma campainha. Mais
tarde, a campainha deverá ser apertada duas vezes. É possível construir um
comportamento fantasticamente perseverante sem mostrar frustração ou raiva.
Pode não surpreendê-lo saber que alguns dos nossos experimentos falharam: a
resistência ao desânimo tornou-se quase estúpida ou patológica. Corre-se alguns
riscos em trabalhos desse tipo, é claro. Felizmente, podemos reverter o
processo e restaurar a criança ao nível satisfatório. (B.F. Skinner, Walden II)
Como
se pode notar no trecho acima, a concepção ambientalista atribui imenso poder
ao ambiente no desenvolvimento humano. O homem é concebido como um ser
extremamente plástico, que desenvolve suas características em função das
condições presentes no meio em que se encontra. Esta concepção deriva da
corrente filosófica denominada empirismo, que enfatiza a experiência sensorial
como fonte de conhecimento. Ainda segundo o empirismo, determinados fatores
encontram-se associados a outros, de modo que é possível, ao se identificar
tais associações, controlá-las pela manipulação.
Na Psicologia, o grande defensor da posição
ambientalista é um norte-americano, B. F. Skinner. A teoria proposta por ele
preocupa-se em explicar os comportamentos observáveis do sujeito, desprezando a
análise de outros aspectos da conduta humana como o seu raciocínio, os seus
desejos e fantasias, os seus sentimentos. Partindo de uma concepção de ciência
que defende a necessidade de medir, comparar, testar, experimentar, prever e
controlar eventos de modo a explicar o objeto de investigação, Skinner se
propõe a construir uma ciência do comportamento.
Na
concepção do comportamento defendida por Skinner e seus seguidores, o papel do
ambiente é muito mais importante do que a maturação biológica. Na verdade, são
os estímulos presentes numa dada situação que levam ao aparecimento de um
determinado comportamento. Como isso ocorre?
Segundo
os ambientalistas (ou comportamentalistas, também chamados de behavioristas, do
inglês behavior = comportamento), os indivíduos buscam maximizar o prazer e
minimizar a dor. Manipulando-se os elementos presentes no ambiente – que, por
esta razão, são chamados de estímulos – é possível controlar o comportamento:
fazer com que aumente ou diminua a frequência com que ele aparece; fazer com
que ele desapareça ou só apareça em situações consideradas adequadas; fazer com
que o comportamento se refine e aprimore etc. Daí o motivo pelo qual se atribui
à concepção ambientalista uma visão do indivíduo enquanto ser extremamente
reativo à ação do meio.
Mudanças
no comportamento poder ser provocadas de diversas maneiras. Uma delas requer
uma análise das consequências ou resultados que o mesmo produz no ambiente. As
consequências positivas são chamadas de reforçamento
e provocam um aumento na frequência com que o comportamento aparece. Por
exemplo, se após arrumar os seus brinquedos (comportamento), a criança ouvir
elogios de sua mãe (consequência positiva), ela procurará deixar os brinquedos
arrumados mais vezes, porque estabeleceu uma associação entre esse
comportamento e aquele de sua mãe. Já as consequências negativas recebem o nome
de punição e levam a uma diminuição
na frequência com que certos comportamentos ocorrem. Por exemplo, se cada vez
que João quebrar uma vidraça ao jogar bola (comportamento), ele for obrigado a
pagar pelo estrago (consequência negativa), ele passará a tomar mais cuidado ao
jogar, diminuindo os estragos em janelas.
Quando
um comportamento é absolutamente inadequado e se considera desejável eliminá-lo
totalmente do repertório de comportamentos de um certo indivíduo, usa-se o
procedimento dito de extinção. Nele o
objetivo é quebrar o elo que se estabeleceu entre o comportamento visto como
indesejável e determinadas consequências do mesmo. Para tanto, é preciso que se
retire do ambiente as consequências que o mantém. Por exemplo, quando uma
criança faz bagunça na sala de aula para chamar a atenção da professora, mas
esta não dá mostras de que notou o comportamento da criança, é provável que a
criança pare de fazer bagunça. Este comportamento foi extinto porque deixou de
promover o aparecimento de determinadas consequências (atenção da professora).
Mais
recentemente, outros teóricos afirmaram que o comportamento humano também se
modifica em função da observação de como agem outras pessoas, que se tornam
modelos a serem copiados. Quando os comportamentos dos modelos são reforçados,
tende-se a imitá-los e quando são punidos, procura-se evitá-los. Observar um
amiguinho chutar a bola de certa maneira e fazer gol, possivelmente fará com
que a criança imite essa forma de chutar para obter o mesmo resultado.
Na
visão ambientalista, a atenção de uma pessoa é, portanto, função das
aprendizagens que realizou ao longo de sua vida, em contato com estímulos que
reforçaram ou puniram seus comportamentos anteriores. No entanto, apesar desse
acentuado peso dado às consequências que um certo comportamento acarreta, elas
apenas justificam as alterações que se observa na frequência de aparecimentos
do mesmo. Para explicar o surgimento de novos comportamentos ou daqueles
valorizados em uma dada sociedade é preciso prestar atenção aos estímulos que
provocam o aparecimento do comportamento desejado. De igual modo, a eliminação
de modos de ser visto como impróprios também exigem atenção aos estímulos que
desencadeiam a conduta tida como inadequada. Pode-se, assim, dizer que o
comportamento é sempre o resultado de associações estabelecidas entre algo que
provoca (um estímulo antecedente) e algo que o segue o mantém (um estímulo consequente).
Quando
um comportamento for associado a um determinado estímulo, ele tende a
reaparecer quando estiverem presentes estímulos semelhantes. Este fenômeno é
chamado de generalização. Quando os estímulos são objetos, a cor, a forma e o
tamanho são aspectos importantes para que haja percepção de semelhança e
generalização de comportamentos. Após a aquisição da linguagem pela criança, as
palavras tornam-se a base para generalizações. Mas não só isso. Além de a
criança aprender a perceber semelhanças entre estímulos e a generalizar
comportamentos, ela também aprende o inverso, ou seja, a discriminar estímulos
a partir de suas diferenças. Uma criança que aprendeu a palavra “cachorro”
associando-a a um animal de quatro patas pode usá-la, inicialmente, para nomear
outros animais de quatro patas, como gatos e coelhos. Rapidamente, contudo, ela
aprende a distinguir as características definidoras de um cachorro – como o
latido – e passa a discriminar corretamente as várias espécies de animais.
A
aprendizagem, na visão ambientalista, pode assim ser entendida como o processo
pelo qual o comportamento é modificado como resultado da experiência. Além das
condições já mencionadas para que a aprendizagem se dê – estabelecimento de
associações entre um estímulo e uma resposta e entre uma resposta e um
reforçador -, é importante que se leve em conta o estado fisiológico e
psicológico do organismo. Crianças com fome tornam-se apáticas: não prestam
atenção aos estímulos, não conseguem discriminá-los, não percebem as associações
que estes provocam. Como consequência, não conseguem aprender. Crianças
privadas de afeto tornam-se excessivamente dependentes da aprovação da
professora: são incapazes de tomar iniciativa, por medo de que a sua maneira de
comportar-se provoque sanções e reprimendas.
Para
que a aprendizagem ocorra é preciso, portanto, que se considere a natureza dos
estímulos presentes na situação, tipo de resposta que se espera obter e o
estado físico e psicológico do organismo. É ainda importante aquilo que resultará
da própria aprendizagem: mais conhecimento elogios, prestígio, notas altas etc.
Na
visão ambientalista, a ênfase está em propiciar novas aprendizagens, por meio
da manipulação dos estímulos que antecedem e sucedem o comportamento. Para
tanto, é preciso uma análise rigorosa da forma como os indivíduos atuam em seu
ambiente, identificando os estímulos que provocam o aparecimento do
comportamento-alvo e as consequências que o mantém. A esta análise dá-se o nome
de análise funcional do comportamento.
Nela defende-se o planejamento das condições ambientais para a aprendizagem de
determinados comportamentos.
A
introdução de teorias ambientalistas na sala de aula teve o mérito de chamar a
atenção dos educadores para a importância do planejamento de ensino. A
organização das condições para que a aprendizagem ocorra exige clareza a
respeito dos objetivos que se quer alcançar (objetivos instrucionais ou
operacionais), a estipulação da sequência de atividades que levarão ao objetivo
proposto e a especificação dos reforçadores que serão utilizados. A concepção
ambientalista da educação valoriza o papel do professor, cuja importância havia
sido minimizada na abordagem inatista. Coloca em suas mãos a responsabilidade
de planejar, organizar e executar – com sucesso – as situações de aprendizagem.
Para tanto, o professor pode fazer uso de vários artifícios para reforçar
positivamente os comportamentos esperados: elogios, notas, diplomas etc,
premiando também a entrega de lições caprichadas e corretas.
Por
outro lado, as teorias ambientalistas tiveram também efeitos nocivos na prática
pedagógica. A educação foi sendo entendida como tecnologia, ficando de lado a
reflexão filosófica sobre a sua prática. A ênfase na tecnologia educacional
exigia do professor um profundo conhecimento dos fatores a serem considerados
numa programação de ensino, contudo tal conhecimento não era transmitido a
eles. Programar o ensino deixou de ser uma atividade cognitiva de pesquisar
condições de aprendizagem para se tornar uma atividade meramente formal de
colocar projetos de Sala numa fórmula-padrão.
A
principal crítica que se faz ao ambientalismo é quanto à própria visão de homem
adotada: a de seres humanos como criaturas passivas face ao ambiente, que podem
ser manipuladas e controladas pela simples alteração das situações em que se
encontram. Nesta concepção, não há lugar para criação de novos comportamentos.
Na sala de aula, ela acarretou um excessivo diretivismo por parte do adulto.
Deixou-se de valorizar e fazer uso de situações onde as crianças cooperam entre
si para alcançar um fim comum. Tal concepção propõe que as situações de ensino
devam ser bem estruturadas e planejadas previamente, recorrendo-se, sempre que
possível, à presença de computadores, televisão e outros recursos audiovisiais.
Não
há, na concepção ambientalista, preocupação em explicar os processos através
dos quais a criança raciocina e que estariam presentes na forma como ela se
apropria de conhecimentos. Outras concepções de desenvolvimento, analisadas a
seguir, buscam essa explicação.
Concepção Interacionista
Dug
(seis anos e meio), o que é um sonho? – Nós sonhamos à noite. A gente pensa em
alguma coisa. – De onde vêm os sonhos? – Não sei. O que você acha? – Que nós
mesmos é que fazemos os sonhos. – Onde está o sonho enquanto a gente sonha? –
Lá fora. – Onde? – Aqui (mostra a lua, através da janela) – Por que lá fora? –
Porque nós nos levantamos. – E daí? – Ele foi embora. – Enquanto a gente sonha,
onde o sonho está? – Na nossa casa. – Onde? – Na nossa cama. – Onde? – Bem
pertinho. – E se eu estiver lá no seu quarto, eu posso vê-lo? – Não...sim,
porque você via estar perto da cama. (Piaget, A representação do mundo da criança.)
Para
os psicólogos interacionistas, o fato de Dug ser capaz de responder a perguntas
como essas mostra que as crianças procuram sempre, de forma ativa, compreender
aquilo que vivenciam e explicar aquilo que lhes é estranho, construindo
hipóteses que lhes pareçam razoáveis. Elas vão, portanto, construindo os seus
conhecimentos por meio de sua interação com o meio. Nessa interação, fatores
internos e externos se interrelacionam continuamente, formando uma complexa
combinação de influências. Dessa maneira os interacionistas discordam das
teorias inatistas, por desprezarem o papel do ambiente, e das concepções
ambientalistas porque ignoram fatores maturacionais.
Os
interacionistas destacam que o organismo e meio exercem ação recíproca. Um
influencia o outro e essa interação acarreta mudanças sobre o indivíduo. É,
pois, na interação da criança com o mundo físico e social que as
características e peculiaridades desse mundo vão sendo conhecidas. Para cada
criança, a construção desse conhecimento exige colaboração, ou seja, uma ação
sobre o mundo.
A
concepção interacionista de desenvolvimento apóia-se, portanto, na idéia de
interação entre organismo e meio e vê a aquisição de conhecimento como um
processo construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, não estando pronto
ao nascer nem sendo adquirido passivamente graças às pressões do meio. Experiências
anteriores servem de base para novas construções que dependem, todavia, também
da relação que o indivíduo estabelece com o ambiente numa situação determinada.
Especial
importância é atribuída ao fator humano presente no ambiente. É através da
interação com outras pessoas, adultos e crianças que, desde o nascimento, o
bebê vai construindo suas características (seu modo de agir, de pensar, de
sentir) e sua visão de mundo (seu conhecimento).
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RELEMBRANDO.....
Inatismo filosófica ideias ou
conteúdos mentais estão presentes desde o nascimento, isto é, não são
adquiridos ou aprendidos.
Ambientalismo ,
Comportamentalismo ou Behaviorismo o
ambiente molda o indivíduo, as características humanas são adquiridas ou
aprendidas e o sujeito tem uma resposta ou seterminado comportamento de acordo
com o estímulo recebido.
Interacionismo é
a interação entre o indivíduo cultura, onde, para Vygotsky, é fundamental que o
indivíduo se insira em determinado meio cultural para que aconteçam mudanças no seu desenvolvimento , ou
seja , há uma interação entre o organismo e o meio, um influencia o outro ,
acarretando mudanças no indivíduo.
Extraído de: DAVIS, Claudia; OLIVEIRA, Zilma de. A Psicologia na Educação. 2ª ed. São
Paulo: Cortez, 1994.