PRATICA DE ENSINO II
ESTUDAR:
PERSPECTIVAS
ATUAIS DA EDUCAÇÃO by Vivi Nascimento
Para GADOTTI,
perspectiva é uma antecipação qualquer do futuro, falar de perspectiva é falar
de esperança no futuro.
PERSPECTIVA do latim perspectivus examinar
atentamente até o fim.
Todas as mudanças
vividas nos últimos 30 anos, como por exemplo, a globalização, os avanços
rápidos da tecnologia, os diversos movimentos sociais acarretaram numa
expectativa Geraldo que será o futuro.
O homem é seu próprio
inimigo e ao contrário do que se imaginava anteriormente, de que a guerra
acabaria com ele, agora é a falta de controle da produção industrial é que pode
sim acabar com a vida em nosso planeta.
Segundo GADOTTI, a educação
voltada para o futuro será sempre contestadora e vai superar os limites tanto
do estado quanto do mercado.
A escola hoje tem o
papel de gestora do conhecimento, uma vez que, espaços sociais e domiciliares
tornaram-se espaço de ensino-aprendizagem, em especial o ensino à distância,com
tudo isso ocorrendo é necessário ter projetos, dados e fazer sua própria
inovação, ou seja, uma reestruturação curricular para alcançar a cidadania.
O professor educador
deve ser sensível e consciente, por fim GADOTTI retoma os 4 pilares da educação
de Delors(1998) que aponta o indivíduo da sociedade do conhecimento como um ser
que necessita de uma aprendizagem ao longo da vida que está calçada nos seguintes
pilares:
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a viver juntos
Aprender a ser
Esses pilares podem ser
considerados como uma bússola no sentido de levar a educação rumo ao futuro, a
escola tem que se adequar ao novo papel da educação.
CUIDAR
DA APRENDIZAGEM by Alexsandra Santana
O autor diz que professor não é quem da aula, mas sim aquele que cuida
da aprendizagem, sendo que, cuidar no sentido de um ensino que não seja mera
transmissão de conhecimento, mas sim ensino libertador, realizado com
compromisso ético e técnico que investe na emancipação do educando.
Segundo Pedro Demo, o ensino é de dentro para fora e o aluno é o centro
e o professor, mais do que dominar conteúdos, deve ensinar ao aluno a ter a
capacidade de pensar.
O educador deve refletir sobre sua práxis educativa, no sentido de
repensar o caráter ideológico que a orienta: “Estamos dando aula ou cuidando da
aprendizagem?” Ele também deve se reconhecer como elemento transformador da
realidade social de cada aluno e ser capaz de promover um ensino disruptivo,
que provoca o aluno a pensar, desenvolver argumentos, ter opinião formada e
principalmente aprender a aprender.
Papel do aluno: pesquisar e elaborar, saber produzir conhecimentos e não
copiar ou reproduzir.
Papel do professor: ensinar o aluno a pesquisar, elaborar para que ele
tenha condições de produzir conhecimento.
A
INTERAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Uma boa interação
professor-aluno contribui de forma positiva levando o aluno a assimilar
conhecimentos, desenvolver hábitos e atitudes de convívio social, cooperação e
respeito humano. É na relação com o educando que o educador estimula, ativa,
orienta o aluno no seu interesse e esforço individual, orientando-os na sua
aprendizagem.
Na relação
professor-aluno, destacamos 2 funções:
Incentivadora-
incentivar o educando para manifestar seu interesse
Orientadora-
orientando-o a sistematizar seu próprio conhecimento.
Esta relação na verdade
é uma permuta de ideias, conhecimentos, ideais e valores que influenciam na
formação da personalidade.
Na relação pedagógica,
o diálogo é fundamental para estabelecer uma
aprendizagem de valores e é nesse diálogo que o professor aprende com o aluno e
passa a tomar conhecimento de habilidades e valores que o aluno traz de seu
ambiente familiar.
AUTORIDADE X AUTORITARISMO
É um valor e tem a ver com
pensa tudo saber e nada mais
uma conquista de disciplina quer
aprender,impor disciplina.
DEZ
QUESTÕES IMPORTANTES A CONSIDERAR
Variáveis que interferem nos resultados do trabalho
pedagógico
Para aplicar as 10 questões levantadas por Rosaura Soligo
é necessário conhecer nossa história , nosso contexto.O desafio de organizar a prática pedagógica a partir
do modelo metodológico da resolução de problemas se expressa, principalmente,
no planejamento de situações de ensino e aprendizagem difíceis e possíveis ao
mesmo tempo, ou seja, em atividades e
intervenções pedagógicas adequadas às necessidades e possibilidades de
aprendizagem dos alunos. Uma prática desse tipo pressupõe:
ü favorecer
a construção da autonomia intelectual dos alunos;
ü considerar
e atender às diversidades na sala de aula;
ü favorecer
a interação e a cooperação;
ü analisar
o percurso de aprendizagem e o conhecimento prévio dos alunos;
ü mobilizar
a disponibilidade para a aprendizagem;
ü articular
objetivos de ensino e objetivos de realização dos alunos;
ü criar
situações que aproximem, o mais possível, "versão escolar" e
"versão social" das práticas e conhecimentos que se convertem em
conteúdos na escola;
ü organizar
racionalmente o tempo;
ü organizar
o espaço em função das propostas de ensino e aprendizagem;
ü selecionar
materiais adequados ao desenvolvimento do trabalho;
ü avaliar
os resultados obtidos e redirecionar as propostas, se eles não forem
satisfatórios.
Para
desenvolver um trabalho pedagógico orientado por esses propósitos, é preciso
que os professores tornem-se cada vez mais capazes de:
ü analisar
a realidade, que é o contexto da própria atuação;
ü planejar
a ação a partir da realidade à qual se destina;
ü antecipar
possibilidades que permitam planejar intervenções com antecedência;
ü identificar
e caracterizar problemas (obstáculos, dificuldades, distorções,
inadequações...);
ü priorizar
o que é relevante para a solução dos problemas identificados e autonomia para
tomar as medidas que ajudam a solucioná-los;
ü buscar
recursos e fontes de informação que se mostrem necessários;
ü compreender
a natureza das diferenças entre os alunos;
ü estar
aberto e disponível para a aprendizagem;
ü trabalhar
em colaboração com os pares;
ü refletir
sobre a própria prática;
ü utilizar
a leitura e a escrita em favor do desenvolvimento pessoal e profissional.
O que garante os
resultados
A
observação da realidade e algumas pesquisas sobre o ensino e a aprendizagem vêm
indicando que há um conjunto de variáveis que interferem nos resultados
(positivos ou negativos) do trabalho pedagógico. As principais são as
seguintes:
1.
A concepção de ensino e aprendizagem do professor e o nível de conhecimento
profissional de que dispõe.
2.
A crença do aluno na sua própria capacidade de aprender e o reconhecimento e a
valorização dos seus próprios saberes.
3.
O contexto escolar em que as situações de ensino e aprendizagem3
acontecem.
4.
O contrato didático que rege as situações de ensino e aprendizagem.
5.
A relação professor-aluno.
6.
O planejamento prévio do trabalho pedagógico.
7.
As condições de realização das atividades propostas.
8.
A intervenção do professor durante as atividades.
9.
A gestão da sala de aula.
10.
A relação da família com a aprendizagem dos alunos e com a proposta pedagógica.
Por
que nem sempre conseguimos ensinar a todos?
Cada vez mais os
educadores vêm procurando nas suas propostas de ensino as razões da ineficácia
da aprendizagem. Quando as atividades
"não dão certo", geralmente o problema está relacionado a uma das dez
variáveis abordadas neste texto, e não à falta de capacidade dos alunos.
Esse redirecionamento do olhar dos educadores tem uma grande importância
política, pois revela uma atitude profissional da maior seriedade: a
responsabilidade pelos resultados do próprio trabalho. Numa categoria que luta
a duras penas pela profissionalização – como é o magistério – essa atitude é
uma grande conquista. Significa que os professores começam a se sentir
responsáveis não só pelo sucesso mas também pelo fracasso na aprendizagem dos
seus alunos, assim como é de se esperar, considerando todas as especificidades dessas
profissões, que médicos se sintam responsáveis pelo fracasso na cura dos seus
doentes; engenheiros, pelo fracasso nas construções e máquinas que projetam;
advogados, pelo fracasso na defesa de seus clientes; publicitários, pelo
fracasso das campanhas que inventaram...
COMPETÊNCIA
E PROFISSIONALISMO
Competência e
profissionalismo são duas palavras muito presentes no discurso educacional,
ainda que com conotações variadas, oscilando, algumas vezes, entre pólos
antagônicos.
Competência
: saber fazer- know how – savoir fair
Profissionalismo:
saber técnico.
A atuação do
profissional deve pautar-se necessariamente em um repertório de valores
socialmente acordados tendo por base princípios fundadores que ultrapassam em
muito a busca do lucro, do benefício pessoal, é impossível compreender suas
ações sem uma perspectiva ética.
Como se sabe, a Ética e
a Moral dizem respeito aos valores. No entanto, ainda que tais termos sejam
utilizados hoje de modo razoavelmente indistinto, eles têm origens diversas e a
compreensão de tal distinção pode ser útil para a compreensão do lugar da Ética
no exercício profissional. O termo "Moral" é de origem latina (mos,
moris), associado a regras, a costumes, a modos de procedimentos; já o termo
"Ética" origina-se do grego ethos, estando associado a uma reflexão
sobre os costumes, ou sobre a moral, fundada em princípios que transcendem a
mera consolidação de hábitos. Trata-se de uma distinção sutil, mas fundamental.
A Ética e a Moral dizem respeito a
normas de conduta, que expressam valores e que regulam as ações, os fatos.
A
CRIANÇA E O NÚMERO
O livro aborda os processos envolvidos na construção do
conceito de número pelas crianças e ajuda o professor a observar como elas
pensam a fim de entender a lógica existente nos erros.
O texto enfatiza que uma criança ativa e curiosa não aprende
Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas resolvendo
situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os
conhecimentos que sejam frutos de sua inserção familiar e social. Ao mesmo
tempo, os avanços conquistados pela didática da Matemática nos permitem afi
rmar que é com o uso do número, da análise e da refl exão sobre o sistema de
numeração que os pequenos constroem conhecimentos a esse respeito. O professor deve levar em conta
ao propor atividades numéricas, como encorajar as crianças a colocar objetos em
relação, pensar sobre os números e interagir com seus colegas.
Autonomia :
direito do indivíduo governar a si mesmo, agir por leis próprias, na educação a
criança não deve ser levada a dizer algo que não acredita, o professor tem a
missão de estimular o pensamento espontâneo da criança .
Heteronomia : pensar
pela cabeça do outro, reproduzir pensamento do outro.
O
professor deve criar situações de encorajamento, ou seja, a criança deve ser
estimulada a construir a estrutura mental do numero e assimilar as palavras a
esta estrutura.
O ensino tradicional
apenas reforça a heteronomia, por exemplo, ao dar um exercício e apenas
corrigir marcando certo ou errado e não mostrar onde o aluno errou, formando
indivíduos que apenas reproduzem, não sabem expor ideias ou ser crítico
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