segunda-feira, 26 de maio de 2014

Resumo Prática de ensino

PRATICA DE ENSINO II

ESTUDAR:
*      Perspectivas atuais da educação (GADOTTI)
*      Cuidar da aprendizagem (PEDRO DEMO)
*      A interação professor aluno (HAYDT)
*      Dez questões a considerar (ROSAURA SOLIGO)
*      Competência e profissionalismo ( NILSON JOSÉ MACHADO)
*      A criança e o número (CONSTANCE KAMII)


PERSPECTIVAS ATUAIS DA EDUCAÇÃO by Vivi Nascimento

Para GADOTTI, perspectiva é uma antecipação qualquer do futuro, falar de perspectiva é falar de esperança no futuro.
PERSPECTIVA do latim perspectivus examinar atentamente até o fim.
Todas as mudanças vividas nos últimos 30 anos, como por exemplo, a globalização, os avanços rápidos da tecnologia, os diversos movimentos sociais acarretaram numa expectativa Geraldo que será o futuro.
O homem é seu próprio inimigo e ao contrário do que se imaginava anteriormente, de que a guerra acabaria com ele, agora é a falta de controle da produção industrial é que pode sim acabar com a vida em nosso planeta.
Segundo GADOTTI, a educação voltada para o futuro será sempre contestadora e vai superar os limites tanto do estado quanto do mercado.
A escola hoje tem o papel de gestora do conhecimento, uma vez que, espaços sociais e domiciliares tornaram-se espaço de ensino-aprendizagem, em especial o ensino à distância,com tudo isso ocorrendo é necessário ter projetos, dados e fazer sua própria inovação, ou seja, uma reestruturação curricular para alcançar a cidadania.
O professor educador deve ser sensível e consciente, por fim GADOTTI retoma os 4 pilares da educação de Delors(1998) que aponta o indivíduo da sociedade do conhecimento como um ser que necessita de uma aprendizagem ao longo da vida que está calçada nos seguintes pilares:

Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a viver juntos
Aprender a ser

Esses pilares podem ser considerados como uma bússola no sentido de levar a educação rumo ao futuro, a escola tem que se adequar ao novo papel da educação.

CUIDAR DA APRENDIZAGEM by Alexsandra Santana

O autor diz que professor não é quem da aula, mas sim aquele que cuida da aprendizagem, sendo que, cuidar no sentido de um ensino que não seja mera transmissão de conhecimento, mas sim ensino libertador, realizado com compromisso ético e técnico que investe na emancipação do educando.
Segundo Pedro Demo, o ensino é de dentro para fora e o aluno é o centro e o professor, mais do que dominar conteúdos, deve ensinar ao aluno a ter a capacidade de pensar.
O educador deve refletir sobre sua práxis educativa, no sentido de repensar o caráter ideológico que a orienta: “Estamos dando aula ou cuidando da aprendizagem?” Ele também deve se reconhecer como elemento transformador da realidade social de cada aluno e ser capaz de promover um ensino disruptivo, que provoca o aluno a pensar, desenvolver argumentos, ter opinião formada e principalmente aprender a aprender.

Papel do aluno: pesquisar e elaborar, saber produzir conhecimentos e não copiar ou reproduzir.

Papel do professor: ensinar o aluno a pesquisar, elaborar para que ele tenha condições de produzir conhecimento.



A INTERAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

Uma boa interação professor-aluno contribui de forma positiva levando o aluno a assimilar conhecimentos, desenvolver hábitos e atitudes de convívio social, cooperação e respeito humano. É na relação com o educando que o educador estimula, ativa, orienta o aluno no seu interesse e esforço individual, orientando-os na sua aprendizagem.
Na relação professor-aluno, destacamos 2 funções:
Incentivadora- incentivar o educando para manifestar seu interesse
Orientadora- orientando-o a sistematizar seu próprio conhecimento.
Esta relação na verdade é uma permuta de ideias, conhecimentos, ideais e valores que influenciam na formação da personalidade.
Na relação pedagógica, o diálogo é fundamental para estabelecer uma aprendizagem de valores e é nesse diálogo que o professor aprende com o aluno e passa a tomar conhecimento de habilidades e valores que o aluno traz de seu ambiente familiar.
AUTORIDADE                             X                      AUTORITARISMO
É um valor e tem a ver com                                           pensa tudo saber e nada mais
uma conquista de disciplina                                           quer aprender,impor disciplina.


DEZ QUESTÕES IMPORTANTES A CONSIDERAR

Variáveis que interferem nos resultados do trabalho pedagógico

Para aplicar as 10 questões levantadas por Rosaura Soligo é necessário conhecer nossa história , nosso contexto.O desafio de organizar a prática pedagógica a partir do modelo metodológico da resolução de problemas se expressa, principalmente, no planejamento de situações de ensino e aprendizagem difíceis e possíveis ao mesmo tempo, ou seja, em atividades e intervenções pedagógicas adequadas às necessidades e possibilidades de aprendizagem dos alunos. Uma prática desse tipo pressupõe:

ü  favorecer a construção da autonomia intelectual dos alunos;
ü  considerar e atender às diversidades na sala de aula;
ü  favorecer a interação e a cooperação;
ü  analisar o percurso de aprendizagem e o conhecimento prévio dos alunos;
ü  mobilizar a disponibilidade para a aprendizagem;
ü  articular objetivos de ensino e objetivos de realização dos alunos;
ü  criar situações que aproximem, o mais possível, "versão escolar" e "versão social" das práticas e conhecimentos que se convertem em conteúdos na escola;
ü  organizar racionalmente o tempo;
ü  organizar o espaço em função das propostas de ensino e aprendizagem;
ü  selecionar materiais adequados ao desenvolvimento do trabalho;
ü  avaliar os resultados obtidos e redirecionar as propostas, se eles não forem satisfatórios.

Para desenvolver um trabalho pedagógico orientado por esses propósitos, é preciso que os professores tornem-se cada vez mais capazes de:
ü  analisar a realidade, que é o contexto da própria atuação;
ü  planejar a ação a partir da realidade à qual se destina;
ü  antecipar possibilidades que permitam planejar intervenções com antecedência;
ü  identificar e caracterizar problemas (obstáculos, dificuldades, distorções, inadequações...);
ü  priorizar o que é relevante para a solução dos problemas identificados e autonomia para tomar as medidas que ajudam a solucioná-los;
ü  buscar recursos e fontes de informação que se mostrem necessários;
ü  compreender a natureza das diferenças entre os alunos;
ü  estar aberto e disponível para a aprendizagem;
ü  trabalhar em colaboração com os pares;
ü  refletir sobre a própria prática;
ü  utilizar a leitura e a escrita em favor do desenvolvimento pessoal e profissional.

O que garante os resultados

A observação da realidade e algumas pesquisas sobre o ensino e a aprendizagem vêm indicando que há um conjunto de variáveis que interferem nos resultados (positivos ou negativos) do trabalho pedagógico. As principais são as seguintes:

1. A concepção de ensino e aprendizagem do professor e o nível de conhecimento profissional de que dispõe.
2. A crença do aluno na sua própria capacidade de aprender e o reconhecimento e a valorização dos seus próprios saberes.
3. O contexto escolar em que as situações de ensino e aprendizagem3
 acontecem.
4. O contrato didático que rege as situações de ensino e aprendizagem.
5. A relação professor-aluno.
6. O planejamento prévio do trabalho pedagógico.
7. As condições de realização das atividades propostas.
8. A intervenção do professor durante as atividades.
9. A gestão da sala de aula.
10. A relação da família com a aprendizagem dos alunos e com a proposta pedagógica.

Por que nem sempre conseguimos ensinar a todos?
Cada vez mais os educadores vêm procurando nas suas propostas de ensino as razões da ineficácia da aprendizagem. Quando as atividades "não dão certo", geralmente o problema está relacionado a uma das dez variáveis abordadas neste texto, e não à falta de capacidade dos alunos. Esse redirecionamento do olhar dos educadores tem uma grande importância política, pois revela uma atitude profissional da maior seriedade: a responsabilidade pelos resultados do próprio trabalho. Numa categoria que luta a duras penas pela profissionalização – como é o magistério – essa atitude é uma grande conquista. Significa que os professores começam a se sentir responsáveis não só pelo sucesso mas também pelo fracasso na aprendizagem dos seus alunos, assim como é de se esperar, considerando todas as especificidades dessas profissões, que médicos se sintam responsáveis pelo fracasso na cura dos seus doentes; engenheiros, pelo fracasso nas construções e máquinas que projetam; advogados, pelo fracasso na defesa de seus clientes; publicitários, pelo fracasso das campanhas que inventaram...


COMPETÊNCIA E PROFISSIONALISMO

Competência e profissionalismo são duas palavras muito presentes no discurso educacional, ainda que com conotações variadas, oscilando, algumas vezes, entre pólos antagônicos.

Competência : saber fazer- know how – savoir fair
Profissionalismo: saber técnico.

A atuação do profissional deve pautar-se necessariamente em um repertório de valores socialmente acordados tendo por base princípios fundadores que ultrapassam em muito a busca do lucro, do benefício pessoal, é impossível compreender suas ações sem uma perspectiva ética.
Como se sabe, a Ética e a Moral dizem respeito aos valores. No entanto, ainda que tais termos sejam utilizados hoje de modo razoavelmente indistinto, eles têm origens diversas e a compreensão de tal distinção pode ser útil para a compreensão do lugar da Ética no exercício profissional. O termo "Moral" é de origem latina (mos, moris), associado a regras, a costumes, a modos de procedimentos; já o termo "Ética" origina-se do grego ethos, estando associado a uma reflexão sobre os costumes, ou sobre a moral, fundada em princípios que transcendem a mera consolidação de hábitos. Trata-se de uma distinção sutil, mas fundamental. A Ética e a Moral dizem respeito a normas de conduta, que expressam valores e que regulam as ações, os fatos.

A CRIANÇA E O NÚMERO

O livro aborda os processos envolvidos na construção do conceito de número pelas crianças e ajuda o professor a observar como elas pensam a fim de entender a lógica existente nos erros.
O texto enfatiza que uma criança ativa e curiosa não aprende Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas resolvendo situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos de sua inserção familiar e social. Ao mesmo tempo, os avanços conquistados pela didática da Matemática nos permitem afi rmar que é com o uso do número, da análise e da refl exão sobre o sistema de numeração que os pequenos constroem conhecimentos a esse respeito.  O professor deve levar em conta ao propor atividades numéricas, como encorajar as crianças a colocar objetos em relação, pensar sobre os números e interagir com seus colegas. 

Autonomia : direito do indivíduo governar a si mesmo, agir por leis próprias, na educação a criança não deve ser levada a dizer algo que não acredita, o professor tem a missão de estimular o pensamento espontâneo da criança .

Heteronomia : pensar pela cabeça do outro, reproduzir pensamento do outro.
O professor deve criar situações de encorajamento, ou seja, a criança deve ser estimulada a construir a estrutura mental do numero e assimilar as palavras a esta estrutura.
O ensino tradicional apenas reforça a heteronomia, por exemplo, ao dar um exercício e apenas corrigir marcando certo ou errado e não mostrar onde o aluno errou, formando indivíduos que apenas reproduzem, não sabem expor ideias ou ser crítico

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