Resumo
de libras
A
Língua de Sinais diferentemente do que se pensa não é universal,
pois assim como cada país tem sua língua oral própria, tem também
sua língua de sinais, considerando que o objeto, a ação ou o
sentimento assume características bem peculiares a cada cultura,
adquirindo um significado cabível a tal, esta crença de
universalidade está pautada no entendimento de que Libras é apenas
um código simplificado e não uma língua com estrutura sintática,
morfológica, pragmática e fonológica.
Do mesmo modo
que a Libras não é universal, também não é artificial, pois não
foi criada com o intuito comercial, facilitador de aprendizagem, mas
naturalmente na interação de pessoas surdas, não tomando
características das línguas orais.
Se apresenta na
Modalidade Espaço-visual diferentemente das Línguas Orais que se
configuram na Modalidade Oral-auditiva. Temos como exemplo o
Esperanto que foi criada dentro de uma expectativa (ser de fácil
aprendizagem), e de ser uma língua para ser utilizada
internacionalmente, entretanto nenhuma outra nação adotou a ideia
do russo Ludwik Lejzer Zamenhol.
A gramática se
apresenta em toda e qualquer língua seja oral-auditiva ou espaço
–visual, muitos insistem que gestos (na realidade são sinais),
jamais podem apresentar tal característica, contudo, apresentam
estruturas gramaticais que viabiliza o estudo da mesma dentro dos
parâmetros similares até mesmo da Língua Portuguesa, não deixando
dúvidas que ambas são diferentes, mas como a maioria das pessoas
são ouvintes tende a estudar a Libras baseando e comparando sempre
que possível na Língua Portuguesa, tanto na modalidade oral como na
escrita. Além de apresentar cinco parâmetros que facilitam o seu
entendimento. São eles: Configuração de mão, Expressão facial,
Movimento, Orientação, e Ponto de articulação.
A
partir do momento em que a Língua de Sinais assume uma posição
legítima de língua não pode ser considerada mímica, sabemos que
numa conversação, apresentamos em alguns casos, mas a Libras/ não
é composta única e exclusivamente por características mímicas,
pois tal apresenta pontos em que cada pessoa vê um objeto, por
exemplo, sob uma ótica muito subjetiva, que dificultaria o
entendimento rápido e eficaz por um determinado grupo de pessoas.
Com a Libras e o usuário da mesma pode acontecer o não entendimento
imediato devido a regionalidade, mas a partir do momento que há a
apropriação de tal peculiaridade a conversação flui
naturalmente.
É comum ouvintes conceberem a ideia que
Libras não consegue expressar sentimento porém, quando falamos para
um surdo que amamos animais, estamos expressando o nosso sentimento a
algo assim temos:
Amamos: verbo que representa a ação de
amar;
Animal: ser que recebe a ação: amar;
Assim
trabalhamos o sentimento, o surdo entenderá que há afeto, o ato de
amar simplesmente não é concreto não o tocamos, não é objeto,
apenas sentimos, é abstrato, não restam dúvidas que a Libras
transmite conceitos abstratos também.
A
iconicidade se traduz em representar por meio de gestos (ou sinais)
um objeto, ou seja, o sinal para telefone se assemelha ao ato de
utilizar o aparelho telefone, assim o mesmo é icônico pois remete
ao concreto, contudo o sinal de triste em nada se assemelha ao estar
triste, assim não é icônico mas arbitrário. Arbitrariedade
consiste a grosso modo em não representar o objeto, ação e
sentimento, através de suas características mais óbvias, assim
concluímos que a Libras não é exclusivamente icônica.
A Língua de Sinais não é um código secreto dos surdos, é uma língua natural que atende as peculiaridades da Comunidade Surda, assim como a Língua Portuguesa atende as necessidades da Comunidade Ouvinte, e nem por isso todo o planeta sabe a Língua Portuguesa. Esta visão pequena vem da época em que os mesmos eram proibidos de se comunicarem através da Libras, onde eram obrigados a se esconderem em porões para conversar.
O alfabeto manual não é Libras, é apenas um recurso que auxilia a mesma, resumi-la em 26 configurações de mãos não nos faz pessoas fluentes em Libras como também não atende as necessidades dos surdos, pois a Datilologia serve para fazer a ponte entre a Língua Portuguesa e a Libras quando não há sinal específico para uma pessoa ou não se sabe o nome de um determinado lugar ou objeto, ou seja, ajuda no momento de um empréstimo linguístico, assim a Libras transcende e muito o Alfabeto Manual.
A Libras não é uma versão sinalizada da Língua Oral, como já citado anteriormente, possui estrutura própria e independe da língua oral auditiva, nós ouvintes é que temos o costume (pois de fato é mais fácil para o nosso entendimento) de estar sempre comparando-as.
A Língua Brasileira de Sinais teve influências da Língua Francesa de Sinais, sendo mito acreditar que a mesma proveio da língua oral, cada língua traz referência de línguas pertencentes à mesma modalidade.
A Língua de Sinais não é ágrafa, pois desenvolveu-se uma forma de escrevê-la o Sing Writing, não é tão conhecido, mas já está sendo utilizado, e que expressa o que de fato a Libras deseja passar num sistema de escrita.
Ainda existem muitos mitos que permeiam a Libras, pois os ouvintes estão habituados a ouvir e não a ver atentando para os detalhes, como resultado dos anos em que os surdos foram ouvintizados (ou pelo menos era isto o desejado).
A Língua de Sinais não é um código secreto dos surdos, é uma língua natural que atende as peculiaridades da Comunidade Surda, assim como a Língua Portuguesa atende as necessidades da Comunidade Ouvinte, e nem por isso todo o planeta sabe a Língua Portuguesa. Esta visão pequena vem da época em que os mesmos eram proibidos de se comunicarem através da Libras, onde eram obrigados a se esconderem em porões para conversar.
O alfabeto manual não é Libras, é apenas um recurso que auxilia a mesma, resumi-la em 26 configurações de mãos não nos faz pessoas fluentes em Libras como também não atende as necessidades dos surdos, pois a Datilologia serve para fazer a ponte entre a Língua Portuguesa e a Libras quando não há sinal específico para uma pessoa ou não se sabe o nome de um determinado lugar ou objeto, ou seja, ajuda no momento de um empréstimo linguístico, assim a Libras transcende e muito o Alfabeto Manual.
A Libras não é uma versão sinalizada da Língua Oral, como já citado anteriormente, possui estrutura própria e independe da língua oral auditiva, nós ouvintes é que temos o costume (pois de fato é mais fácil para o nosso entendimento) de estar sempre comparando-as.
A Língua Brasileira de Sinais teve influências da Língua Francesa de Sinais, sendo mito acreditar que a mesma proveio da língua oral, cada língua traz referência de línguas pertencentes à mesma modalidade.
A Língua de Sinais não é ágrafa, pois desenvolveu-se uma forma de escrevê-la o Sing Writing, não é tão conhecido, mas já está sendo utilizado, e que expressa o que de fato a Libras deseja passar num sistema de escrita.
Ainda existem muitos mitos que permeiam a Libras, pois os ouvintes estão habituados a ouvir e não a ver atentando para os detalhes, como resultado dos anos em que os surdos foram ouvintizados (ou pelo menos era isto o desejado).
Referência
Bibliográfica HONORA,
Márcia, FRIZANCO, Mary Lopes Esteves, Livro Ilustrado de Língua
Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas
com surdez. II Título, São Paulo, Ciranda Cultural, 2009.
O
QUE É SURDEZ?
Surdez
é o nome dado à impossibilidade e dificuldade de ouvir, podendo ter
como causa vários fatores que podem ocorrer antes, durante ou após
o nascimento. A deficiência auditiva pode variar de um grau leve a
profunda, ou seja, a criança pode não ouvir apenas os sons mais
fracos ou até mesmo não ouvir som algum.
Deficiente
Auditivo –
Pessoa que possui a deficiência em um ou ambos ouvidos, podendo
dispor em grau de perda, desde a surdez leve até a profunda. Termo
comum no vocabulário médico e científico. Usado por alguns
fonoaudiólogos e documentos oficiais. Enquadra o surdo na categoria
“Deficiência”. Já ouvia algum tipo de som e perdeu. A perda
auditiva pode ser causada por doenças, otites médias e agudas,
exposição excessiva a ruídos.
Surdo-
nasceu surdo, ou seja, de origem congênita, é quando se nasce
surdo, isto é, não se tem a capacidade de ouvir nenhum som. Por
consequência, surge uma série de dificuldades na aquisição da
linguagem, bem como no desenvolvimento da comunicação. Pode ser
causado por hereditariedade, doenças durante a gravidez,
medicamentos tomados durante a gravidez, incompatibilidade de sangue,
parto prematuro.
|
Surdez
leve: perda auditiva entre 25db e 40db |
Surdez
moderada: perda
auditiva entre 41db e 55db
|
Surdez
acentuada: perda
auditiva entre 56db e 70db
|
Surdez
severa:
perda
auditiva entre 71db e 90db
|
Surdez
profunda: perda
auditiva acima de 91db
|
Anacusia:
este termo significa falta de audição, sendo diferente de surdez,
onde existem resíduos auditivos. Audição Considerada Normal -
perda entre 0 a 24 db nível de audição
Libras
é a sigla da Língua Brasileira de Sinais.
As Línguas de Sinais Brasileira (LSB) é a língua natural da
comunidade surda brasileira. As línguas de sinais são denominadas
línguas de modalidade gestual-visual (ou espaço-visual), pois a
informação linguística é recebida pelos olhos e produzida pelas
mãos.
A
Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos –
FENEIS define a Língua Brasileira de Sinais – Libras como a língua
materna2 dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida
por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta
comunidade. Como língua, está composta de todos os componentes
pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica,
pragmática, sintaxe e outros elementos preenchendo, assim, os
requisitos científicos para ser considerado instrumento lingüístico
de poder e força.
DATILOLOGIA
Alfabeto
manual é usado somente para nomes de pessoas e lugares, rótulos,
não é uma representação direta do português e sim da ortografia.
É uma sequência de letras escritas do português.
A
LIBRAS têm sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns
parâmetros
que
estruturam sua formação nos diferentes níveis linguísticos. Três
são seus parâmetros principais ou maiores: a Configuração da(s)
mão(s)- (CM), o Movimento - (M) e o Ponto de Articulação - (PA); e
outros constituem seus parâmetros menores: orientação de mão –
(Or ou Om) e as expressões não-manuais - faciais ou corporais –
(ENM).
BERNARDINO,
Elidéa Lúcia. Absurdo ou Lógica. Belo Horizonte: Profetizando
Vida, 2000.
BRITO,
Lucinda Ferreira. Por
uma gramática de línguas de sinais.
Rio de
Janeiro:
Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Lingüística e Filologia,
1995.
COSTA,
Antônio Carlos; STUMPF, Marianne Rossi; FREITAS, Juliano Baldez;
DIMURO,
Graçaliz Pereira. Um
convite ao processamento da língua de sinais.
<http://gmc.ucpel.tche.br/TIL2004/til-2004-slides.pdf>.
UCEPEL-RS, PGIE / UFRGS, RS, PPGC / UFRGS, RS, Brasil. Acessado em
06/09/2005.
FELIPE,
Tanya A; MONTEIRO, Myrna S. Libras
em Contexto: curso básico, livro do professor instrutor –
Brasília : Programa Nacional de Apoio à
Educação
dos Surdos, MEC: SEESP, 2001.
PIMENTA,
Nelson; QUADROS, Ronice Muller de. Curso
de Libras 1. Rio de
Janeiro
: LSB Vídeo, 2006.
QUADROS,
Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua
de sinais brasileira: estudos lingüísticos.
Porto Alegre : Artmed, 2004.
REIS,
Flaviane, Professor
Surdo: a política e a poética da transgressão pedagógica.
Florianópolis :
UFSC/GES/CED – Dissertação de Mestrado, 2006.
SÁ,
Nídia Limeira de. Existe
uma cultura surda? Artigo
disponível em
http://www.eusurdo.ufba.br/arquivos/cultura_surda.doc. Acessado em
27/02/2010.
SÁ,
Nídia Limeira. A
produção de significados sobre a surdez e sobre os surdos: práticas
discursivas em educação. Porto
Alegre: UFRGS/FACED/PPGEDU - Tese de Doutorado, 2001.
SILVA,
Fábio I.; SCHMITT, Deonísio; BASSO, Idavania M. S. Língua
Brasileira de Sinais: pedagogia para surdos.
Caderno Pedagógico I. Florianópolis : UDESC/CEAD, 2002.
STROBEL,
Karin Lilian; FERNANDES, Sueli. Aspectos
lingüísticos da LIBRAS.Secretaria
de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Educação Especial. Curitiba: SEED/SUED/DEE.1998.
VASCONCELOS, Silvana
Patrícia; SANTOS, Fabrícia da Silva; SOUZA, Gláucia Rosa da.
LIBRAS: língua de sinais. Nível 1. AJA - Brasília :
Programa Nacional de Direitos
Nenhum comentário:
Postar um comentário